terça-feira, 20 de novembro de 2012

Epidemia de Dança de 1518


    
    Em julho de 1518, a cidade francesa de Estrasburgo, na Alsácia (na época parte do Sacro Império Romano-Germânico), uma mulher, Frau Troffea, começou a dançar em uma rua e só parou quatro a seis dias depois, quando já era seguida por mais de 30 pessoas. Quando a epidemia de dança completava um mês, havia mais ou menos 400 alsacianos dançando sob o Sol, na época era verão no Hemisfério Norte. Se Já no mês de setembro, a maioria havia morrido de derrame cerebral, ataque cardíaco, exaustão ou por causa do calor. Alguns acreditam, ou acreditavam, que na realidade era um bloco carnavalesco involuntário: mas a verdade é que ninguém queria dançar, mas não conseguiam parar.
     Registros históricos (observações médicas, sermões catedráticos, crônicas locais e regionais, e mesmo notas divulgadas pelo conselho municipal de Estrasburgo) documentaram as mortes pela fúria dançante.
     Havia também uma superstição local, de que se alguém causasse a ira de São Vito (também conhecido por São Guido), ele enviaria sobre os pecadores a praga da dança compulsiva. Outra hipótese também, é de que o "carnaval" epidêmico foi uma “enfermidade psicogênica de massa”, uma histeria coletiva precedida por estresse psicológico intolerável.
     Além do ocorrido na Alsácia, outros seis ou sete surtos afetaram localidades belgas depois da bagunça iniciada por Frau Troffea. Também se tem notícia de outra epidemia de dança que ocorreu em Madagascar na década de 1840, sendo este, o mais recente.

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